Ponto de vista...

Todas as noites eu demoro a dormir.

Sonho com tudo que eu acho que gostaria de ser...

Mas no fim eu sempre acabo me perguntando: quem ou o que eu sou?

É difícil ser 100% verdadeira 100% do tempo.

É difícil admitir que somos várias pessoas em uma só.

Uma com a família, uma no trabalho, uma com os amigos e uma na hora de dormir.

Por vezes nos confundimos com tantos ‘eu’ e duvidamos de quem somos de verdade.

Já não sabemos se todas essas pessoas podem mesmo caber em um corpo apenas, em apenas uma alma.

Acredito que sim. Somos uma metamorfose ambulante.

Eu particularmente, percebi que se encontrar com a própria alma dói. Descobrir suas verdadeiras falhas, defeitos e coisas ruins formam feridas, que por vezes não podem parar de doer, até mesmo quando achamos que estão curadas.

Não sou uma pessoa ruim. Só fiz algumas más escolhas no passado. E essas influenciam minhas escolhas de hoje também.

Não é a vida que é injusta, minha mãe que não me ama, ou Deus que me pude na terra.

As minhas escolhas me punem, levando-se em conta o ponto de vista... o meu ponto de vista.

Eu me pesei, eu me medi e me considerei insuficiente.

Então, no fim da estória eu descobri, chorei e me dei conta que eu sei quem eu sou, mas não sei onde me encaixo, porque eu não sei o que eu quero.